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Assembleia Geral 2012

Na sequência da Assembleia Geral, hoje realizada em Coimbra, comunicamos o seguinte:
1 – Os nomes que integram os corpos sociais para o próximo biénio 2012/2014, a cuja direção continua a presidir Carlos Esperança;
2 – Proposta de atividades para o biénio 2012/2014;
3 – Mensagem que antecipou o almoço comemorativo do 4.º aniversário da AAP:
Nota: Todas as decisões, constantes da da ordem de trabalhos, foram aprovadas por unanimidade.
1 – Corpos Sociais
 

Mesa da Assembleia Geral

PresidenteLuís Henrique Grave Rodrigues

1.º SecretárioOnofre Martins Varela

2.º SecretárioPalmira Maria Martins Ferreira da Silva

 

Direcção:

PresidenteAlfredo Carlos Barroco Esperança [Telef.: 917322645]

Vice-PresidenteLudwig Krippahl

1.º SecretárioRaul Pereira

2.º SecretárioRicardo Pina Schiappa de Carvalho

TesoureiroLeopoldo Esperança Pereira

1.º VogalEduardo Maria Costa Dias Martins

2.º VogalSónia Marques Benite

Suplentes:

1.º VogalVítor Santos

2.º VogalManuel Diogo Azevedo Marques

3.º VogalAlexandre Lopes de Castro

 

Conselho Fiscal

Presidente: Ana Maria Marques Alves Lecercle Sirvoicar Rodrigues

Relator: João Vasco Ribeiro Ferreira Gama

Secretário: Guilherme Elísio Rodrigues Tralhão

Suplentes:

1.º Vogal: Armando Augusto Alves Martinho

2.º Vogal: Jaime Alberto do Couto Ferreira

2 – Proposta de atividades para o biénio 2012/2014

 

– Defender o feriado do 5 de outubro;

– Combater a Concordata, cuja denúncia é um imperativo democrático;

– Denunciar ao Provedor de Justiça a situação privilegiada dos professores de Religião;

– Manifestações de oposição à participação das Forças Armadas e policiais, fardadas e pagas, em manifestações pias;

– Combater as capelanias hospitalares, prisionais e militares;

– Promover conferências e colóquios sobre o ateísmo e a laicidade, bem como aceder a convites para esse efeito;

– Elaborar comunicados à medida que os princípios legais forem postos em causa para benefício do clero ou das suas religiões particulares;

– Vigiar os atropelos e estimular as medidas que contribuam para a laicidade do Estado e a secularização do país, tendo como referência a República francesa;

– Comemoração do 5.º aniversário da AAP em Coimbra (mês de maio);

– Solidariedade com todas as associações que defendam a laicidade, a secularização e o livre-pensamento;

– Criar condições para a realização do 1.º Congresso Ateísta Português.

3 –  Mensagem aos sócios presentes:

Mensagem no 4.º Aniversário da AAP

Ao comemorarmos o 4.º aniversário da Associação Ateísta Portuguesa (AAP) saúdo todos os sócios, ateus e ateias que vieram ou não puderam vir, agnósticos, racionalistas  e todos os livres-pensadores, especialmente os que vivem em países onde são excluídos, perseguidos e mortos pelo fanatismo das teocracias ou marginalizados pelo poder, onde as religiões se infiltraram no aparelho do Estado. Neste caso, estendo a solidariedade aos crentes das religiões minoritárias, igualmente vítimas das religiões dominantes.

Em Israel, com os judeus das trancinhas à Dama das Camélias, o sionismo espalha a violência e a morte na Faixa de Gaza; nos EUA o protestantismo evangélico ganha força e restringe as liberdades; em África assiste-se a um duelo mortal entre o islamismo e protestantismo evangélico; no norte de África a primavera árabe caminha para a sharia e, enquanto na Grécia a Santíssima Trindade preside aos atos políticos, por intermédio do clero ortodoxo, a Turquia reislamiza-se perigosamente e muitos países são vítimas do fascismo islâmico. Os monoteísmos são detonadores de guerras, mas o islamismo e o cristianismo digladiam-se na imposição das suas superstições e mentiras à escala planetária.

Em Portugal a Constituição é letra morta quando se trata de cerimónias de Estado, quase sempre assistidas por dignitários católicos, embrulhados nas vestes talares, em lugares de evidência. As procissões e outros atos pios são abrilhantados pelos cavalos da GNR e pelas forças policiais e militares dos diversos ramos à custa do erário público. Em época de eleições não faltam excursões a Fátima promovidas e pagas pelas autarquias.

Os professores de Religião católica são nomeados discricionariamente pelos bispos e pagos pelo Estado, contando o tempo para progressão na carreira de uma disciplina para a qual tenham habilitações e, assim, ultrapassarem colegas mais classificados.

O feriado do 5 de outubro, data emblemática do regime e da separação da Igreja e do Estado, foi suprimido em conluio com a Igreja católica, a única que acrescenta aos 52 domingos que já tem, os únicos feriados religiosos que existem e gozam de igualdade perante os feriados cívicos.

Enquanto a Irlanda suprime a embaixada do Vaticano, Portugal mantém, a cem metros da Italiana, outra, que não cabe no bairro de 44 hectares onde está acreditada. A pobreza e o desemprego fazem com que a Igreja católica readquira o poder perdido, infiltrando-se nas áreas da educação, assistência e saúde, com o poder crescente das Misericórdias.

Cabe à AAP lutar para que, neste período de crise, o IMI e o IRC seja estendido às instituições da Igreja, com exceção dos edifícios destinados ao culto. Os privilégios de que goza são uma ofensa à laicidade e uma fonte de iniquidade, muitas vezes de concorrência desleal, com colégios, lares, hospitais, universidade, editoras e outros estabelecimentos comerciais isentos de impostos.

Cabe à AAP defender a igualdade dos cidadãos perante a lei e a laicidade do Estado, respeitando os crentes e combatendo o poder das religiões, rumo a uma sociedade onde as crenças particulares não interfiram nos assuntos de Estado. É o nosso objetivo, a bem da paz, do progresso, da cidadania e da secularização de Portugal.

Bom almoço. Vale mais um bom almoço do que a última ceia. Saudações ateístas.

Coimbra, 26 de maio de 2012 – Carlos Esperança